house by the sea

17.11.10
da porta de entrada ao mar separa-a apenas um campo de erva e uma vista que se confunde com o horizonte.
nesta casa amarela de portas vermelhas e janelas escancaradas, o mar fala tão alto como se fosse a sua própria casa, sente-se o cheiro e os pingos de água quando ele está zangado e o sol escaldante quando tudo fica calmo e iluminado.
esta casa esteve escondida em árvores, terra e areia e eu só me atrevia a pensar como seria se pudesse ter coragem de entrar...hoje alguém entrou por mim, escancarou as portas e as janelas, mostrou o papel de parede com flores verdes e deixou o sofá mesmo no sítio onde estava o portão vermelho, o resto queimou tudo! e ela lá ficou, com as duas palmeiras imponentes do tempo em que a família se juntava nas cadeiras do alpendre e ria até o sol desaparecer.
o nº 7 de uma rua que não sei o nome, tem o mar como vizinho e as cores mais belas de toda a região, tem uma história de abandono e saudades de quem lá morou. pouco tempo lhe restará para mostrar as janelas vermelhas e o amarelo particular das suas paredes.
eu acho que ainda lá vou voltar, porque o oceano e as pedras que nos separam não são nada para mim.

1 comentário:

  1. Era a nº 7
    As ruínas têm qualquer coisa de poético, pelo menos eu acho.

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